Brasil,
uma vitória sem brilho
Professor
Nazareno*
Terminada
a primeira rodada da “Copa da Homofobia” no Catar, observa-se que até
agora, dentro de campo, os jogos não apresentaram grandes surpresas. Fora dos
gramados, no entanto, têm-se visto muitos escândalos envolvendo algumas das
seleções participantes, que protestam contra as autoridades do país sede. O
Brasil no primeiro jogo contra a fraca seleção da Sérvia não encantou como
deveria. Mesmo ganhando de 2 X 0 num jogo morno e insosso, a badalada seleção
canarinho conseguiu apenas um placar “um tanto quanto apertado” se
compararmos esse pífio resultado a outros como o “passeio” de 7 X 0 que
a Espanha deu na Costa Rica, os 2 X 0 que a Holanda deu no forte Senegal, os 4
X 1 da França sobre a Austrália e os assustadores 6 X 2 que a Inglaterra aplicou
no Irã. Essas fortes seleções já largaram na frente e são candidatas diretas ao
título do torneio.
A
Sérvia está muito longe de ser considerada uma potência do verdadeiro futebol,
como alguns dos países citados anteriormente. Geralmente participa de uma Copa
do Mundo como “franco-atirador” e se contenta com qualquer resultado que
vier. Os outros participantes do grupo do Brasil nesta Copa de 2022 são mais
fracos ainda: Camarões e Suíça. Dessa forma, mesmo sem jogar um futebol digno
de admiração, o Brasil deve passar da primeira fase sem maiores problemas. Os
perrengues, entretanto, podem começar a surgir a partir do mata-mata já nas
oitavas de final. De acordo com o sorteio já realizado anteriormente, Portugal,
Uruguai ou Coreia do Sul podem estar no nosso caminho depois da primeira fase.
Já nas quartas de final, fase em que geralmente o Brasil cai, o páreo deve ser
bem mais duro: Espanha, Alemanha, Bélgica ou até mesmo Croácia.
Só tem pedreira
pela frente. E isso se o Brasil, com este futebol infantil e medíocre,
conseguir continuar vencendo os seus duelos. As poderosas esquipes da Alemanha
e da Argentina, nossos arqui-inimigos no futebol, por exemplo, já decepcionaram
nas suas respectivas estreias. Enquanto os germânicos perderam de 2 X 1 para o
Japão, os “hermanos” foram batidos pela fraca Arábia Saudita pelo mesmo
placar. Por isso, seria bom que os brasileiros colocassem suas “barbas de molho”.
O técnico Adenor Bachi, que praticamente só convocou jogadores “velhos”
para representar o Brasil, deve sentir calafrios de pensar que poderá enfrentar
mais na frente equipes repletas de jogadores jovens como a Espanha e a
Inglaterra. O badalado Neymar nada fez na partida e ainda saiu machucado. Nada
de gol. isso apesar de quase um milhão de reais que ganha por dia.
Tenho certeza de
que raríssimos brasileiros hoje conseguem escalar de cor a seleção de seu país
como acontecia com a saudosa seleção e 1970 no tricampeonato e a de 1982, que
não ganhou aquela copa. Poucos desanimados torcedores sabem o nome de uns dois
ou três jogadores e só. E pior: como se vai torcer por um time todo vestido de
roupas verde-amarelas, as cores do Bolsonaro, do bolsonarismo e da extrema-direita
reacionária? Foi apenas uma rodada, mas até agora essa Copa do Catar não
apresentou absolutamente nada que justificasse que esse país muçulmano do mundo
árabe fosse a sede. O time da Alemanha fez o mais espetacular protesto: a foto
oficial da equipe alemã estava com os 11 jogadores com as mãos à boca para
denunciar a censura imoral que a FIFA impôs aos participantes. Já que não
apresentou um bom futebol, nossos jogadores bem que poderiam dar declarações
políticas para aparecerem mais. O mundo agradeceria.
*Foi Professor em Porto
Velho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário