Vivemos na
idiotice?
Professor
Nazareno*
Se for feita
esta pergunta à maioria dos cidadãos comuns do Brasil, a resposta majoritária
será sempre negativa: “claro que não!”.
Porém, sem se dar conta de sua própria estupidez, a esmagadora maioria dos brasileiros,
em pleno século XXI, vive tempos muito anteriores à Idade Média. Na política,
na economia, na Educação, na Saúde, na sociedade e em quase todos os setores da
vida cotidiana o que norteia os brasileiros de um modo geral é a ignorância e a
idiotice. Mesmo muitos dos nossos cidadãos tendo alguns anos de escolaridade e
alguma visão de futuro ainda acreditam em coisas que no mundo desenvolvido e
civilizado já foram extintas há muito tempo. O cidadão ignóbil infelizmente
quase não tem noção de nada. Sem leitura de mundo, tolo, analfabeto, beócio e
sem conhecimentos, vive como um verdadeiro imbecil e otário.
O brasileiro
comum, como um perfeito idiota e desmiolado, acredita cegamente na Justiça do
seu país. Crê também na maioria dos políticos que elege e sempre achou que o seu
Governo é uma espécie de presente que Deus lhe deu. Deve ser por isso que não
tenha nenhuma credibilidade lá fora e que sempre é “levado a pagode” como um dos povos mais estúpidos e imbecis do
mundo. Não somos levados a sério por quase nenhuma nação civilizada e séria
deste planeta. Na política, o nosso prestígio é pior do que o Sudão do Sul, o
Haiti ou Serra Leoa, embora sejamos uma das dez maiores potências econômicas do
mundo há mais de quarenta anos. Somos um eterno “anão diplomático”, como bem resumiu recentemente um diplomata de
Israel. O nosso país infelizmente é motivo de piadas e chacotas em todas as
nações desenvolvidas da terra.
Já em Rondônia,
que é a “chacota da chacota” dos
brasileiros mais imbecis, o festival de estupidez é hilário. Aqui, por ser uma
terra de gente matuta e de cidadãos parvos em sua maioria, tudo é novidade. Recentemente
uma caravana de comida ruim e insossa, chamada de “Food Truck”, encantou a todos apesar dos preços exorbitantes. Ver
beiradeiros comendo gororoba a preço de ouro não tem diversão maior. Na área da
política, por exemplo, a maioria dos cidadãos eleitores daqui venera um “político que não é político” e que na
maior cara de pau tirou férias após somente seis meses de trabalho. O eleitor
comum fica feliz só de vê-lo visitar o Primeiro Mundo em vez de alavancar o
turismo inexistente da região. Em Porto Velho, nesta época de fumaça e poeira é
comum observar incautos tirando fotos embaixo dos poucos ipês floridos.
O Zé Ninguém de
Porto Velho é tão imbecil e idiota que não percebe as imundas e fedidas valas
de esgoto a céu aberto ao lado dessas raras árvores floridas. Sensação olfativa
estranha: é como você defecar embaixo de um pé de jasmim florido. Rondônia é um
dos poucos Estados do Brasil em que Jair Bolsonaro tem a maioria das
preferências de votos para as próximas eleições e Lula vem em segundo lugar.
Isso só demonstra qual o nível desta unidade da Federação. A estupidez é tanta
por aqui que se perguntar ao cidadão comum quem é hoje o pai do Brasil ele
certamente dirá que é Michel Temer. Isso por que ele acredita cegamente em dia
dos pais, dia das mães, dia do professor, dia disso e dia daquilo. Rondônia é
tão ruim e amarga que para o resto dos brasileiros é um fim de mundo esquecido
sem eira nem beira e que cuja capital é Boa Vista. Por acaso alguém conhece
qual dos Estados do Brasil é governado por um blog?
*É
Professor em Porto Velho.
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