Hitler
envergonhado
Professor
Nazareno*
O ditador
nazista Adolf Hitler mora no inferno desde o seu suicídio naquele distante 30
de abril de 1945. Mas vez por outra faz uma visitinha ao mundo, de onde diz
sentir ainda muitas saudades. Recentemente esteve no Brasil, país tropical que
com outro ditador era, naquela época e às escondidas, um grande aliado dos
alemães. Mesmo em pleno século XXI, o carniceiro germânico ficou espantado com
muitas coisas que acontecem por aqui. Ficou estarrecido e morto de vergonha com
alguns métodos de controle social usados pelos nossos políticos. “Como pode uma enorme massa ignara com mais de
206 milhões de pessoas se submeter bovinamente às ordens e ditames de meia
dúzia de mandatários?”, pensou o escroque ariano. Uma nação inteira
trabalhar de sol a sol para sustentar luxos e roubalheiras do staff nem os
nazistas conseguiram.
Hitler era
racista, misógino, preconceituoso, assassino, homofóbico, cruel, ditador,
cínico e sanguinário. Mas não foi corrupto como o são muitos dos políticos
brasileiros. Os nazistas perseguiram cruel e covardemente todas as minorias em
solo alemão. Mataram muitos negros, homossexuais, deficientes e judeus. Já os
mandatários do Brasil perseguem a maioria de sua população, principalmente os
pobres e desassistidos. Hitler não era alemão, mas gostava muito de seus
compatriotas arianos e por eles fazia tudo o que fosse possível. Decididos a
não roubar um único centavo dos germânicos, os nazistas não interferiram muito na
infraestrutura do país tanto que hoje, só 70 anos depois, a Alemanha figura
entre as maiores potências econômicas e culturais do mundo. Isso apesar de ter
sido derrotada, humilhada e repartida entre os vencedores.
O sistema
educacional dos brasileiros é um dos piores do mundo na atualidade. O oposto da
educação pública da Alemanha e da Áustria, por exemplo. “Todo o imposto arrecadado do povo deve ser investido em benfeitorias
para esse mesmo povo”, tentou em vão ensinar Hitler aos políticos e
autoridades brasileiras. Com os olhos marejados de emoção, o ditador nazista
lamentou não ter empregado contra os seus inimigos judeus o sistema de saúde
pública do Brasil. “Verdadeiros campos de
extermínios são os hospitais públicos deste país”, disse. “Só que em vez de matar os inimigos do
Estado, os brasileiros matam os pobres e pagadores de impostos”, completou
meio confuso. Imagine-se se ele tivesse visto o Hospital João Paulo Segundo de
Porto Velho em Roraima. Exemplo claro de como se matam pessoas e ainda se é
reconhecido por isso.
O sistema de
Justiça deste país é hilário. Só os pobres são punidos. Roubar muito dinheiro
geralmente não dá em nada. Veja-se a Operação Lava Jato que está em curso. Alguns
dos ladrões do dinheiro público já estão soltos ou cumprindo prisão domiciliar
em suas luxuosas mansões. O Partido Nazista era fichinha diante das falcatruas
dos partidos políticos do Brasil. O PT, o PSDB, o PP, o PMDB e tantos outros se
especializaram em dilapidar impunemente o Erário do país. Os nossos políticos
roubam, corrompem, desviam e depois mentem diante da Justiça dizendo que são
inocentes. Afinal “uma mentira contada
diversas vezes, torna-se uma verdade”. Em 2018 haverá eleições e a maioria
dos bandidos, corruptos e ladrões do dinheiro público será eleita
tranquilamente para continuar roubando o povo como se fosse a coisa mais normal
do mundo. Aqui, Hitler aprendeu muitas coisas e se envergonhou dos políticos.
*É
Professor em Porto Velho.
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