Rondônia,
minha paixão!
Professor
Nazareno*
Nasci em Londrina, a rica e
progressista cidade do Norte do Paraná. Tenho mais de 50 anos, sou profissional
liberal e sempre disse para todo mundo que me conhece que sou um “rondoniense
de coração”. Cheguei por aqui com os meus pais ainda na década de 1980
quando este Estado era território. Consegui um bom emprego no governo e estudei
numa dessas escolas públicas da cidade mesmo. Prestei o vestibular naquela
época na UEL, a boa Universidade Estadual de Londrina, onde com muito orgulho
me formei e depois fiz cursos de pós-graduação e mestrado. O governo do Estado
de Rondônia sempre me dispensava para que eu pudesse estudar. Meu pai ganhou do
antigo governador Jorge Teixeira um pedaço de terra no interior, onde junto com
meus irmãos recomeçamos a vida. Nada foi fácil para nós que começamos do zero.
Sou casado, claro, com uma legítima
paranaense e temos dois lindos filhos. Minha esposa é filha de imigrantes
ucranianos que vieram para o Brasil em meados do século passado e se instalaram
na região cafeeira do Paraná. Quando tive que me mudar para a Amazônia, prometi
a ela que um dia voltaria para nos unirmos. Promessa feita, promessa cumprida!
Nosso casamento foi na linda catedral de Londrina, paróquia Sagrado Coração de
Jesus. Nossos filhos, apesar de morar e já trabalharem em Porto Velho, nasceram
em Londrina no Hospital Mater Dei, uma excelente instituição de saúde ligada à
Irmandade Santa Casa de Londrina. Durante a gestação, esperávamos até o oitavo
mês. Confesso que morria de medo de ver meus descendentes nascerem em terras
tão distantes de suas tradições. Além disso, a medicina em Londrina nem se
fala!
Dentro de casa sempre fizemos questão,
eu e minha esposa, de falar com os meninos usando o sotaque característico do
Paraná. Apesar de ser mais bonito, nos dava a sensação de que estávamos mais
próximos dos nossos ancestrais. Desde que aqui chegamos sempre fiz questão de
viajar à “terra das araucárias” pelo menos duas vezes ao ano. Não dá
para esquecer o friozinho do meio do ano. Sempre tiramos as férias no final do
ano mesmo. Então Natal e Ano Novo tem que ser no Jardim Lindoia, zona leste da
“Capital do Café”. Meu time de coração sempre foi o Londrina E. Clube, o
Tubarão. Nunca perdi um só jogo de uma das melhores equipes de futebol do
interior do Brasil. Quando cheguei aqui, ficava desesperado quando tinha jogo e
não conseguia sintonizar uma emissora de rádio do Paraná a fim de acompanhar os
jogos do meu time preferido.
Estou muito perto de me aposentar. E
não vejo a hora de chegar este dia tão esperado. E quando isto finalmente
acontecer, volto com os meus filhos e toda a família para Londrina, claro, onde
já comprei um lindo apartamento no Jardim Coliseu na zona norte da cidade.
Minha esposa comenta diariamente sobre “a sua volta ao lar” e conta
eufórica os dias. Deve ser um sonho mesmo viver de rendas, num lugar aprazível,
tranquilo, desenvolvido e com muita disposição esperar a chegada dos netos.
Rever os amigos de infância, saborear a deliciosa culinária ucraniana e
conversar sobre assuntos importantes não tem preço. Aqui, deixo alguns
conhecidos que fiz e a tristeza de ter sempre que vir visitar a sepultura de
meu pai que fez questão de ser enterrado por estas bandas. Mas Rondônia e Porto
Velho são lugares excelentes e maravilhosos para se viver. Nasci e cresci em
Londrina, mas há como negar que meu coração é rondoniense?
*É Professor em Porto
Velho.
2 comentários:
É O VELHO PROFESSOR LAZARENTO. DEPOIS DE ANOS FALANDO MAL DA TERRA QUE PERMITIU QUE ELE ATÉ COMPRASSE UM LINDO APARTAMENTO EM LONDRINA. VAI EMBORA PARA PASSARGADAS, VAI, MAS SE PREPARA PORQUE LÁ VOCE NÃO VAI SER REI. ESSA OPORUNIDADE SÓ RONDONIA SOFRIDA E BATALHADORA QUE VOCE CHAMA DE ROUBONIA, TE DEU. VAI EMBORA E LIVRA NOSSO POVO DA AMARGURA DE TEUS COMENTÁRIOS SEMPRE NOCIVOS. DEIXE ENFIM NOSSA RONDONIA EM PAZ. E NÓS QUE FICAMOS EM RONDONIA, NOS LIVRAMOS DE UM COMENTARISTA AZEDO, MAL AGRADECIDO PELO QUE ESSA BOA TERRA LHE PROPORCIONOU E A SEUS FAMILIARES. VAI E NOS LIVRA DESSES SEUS COMENTÁRIOS RETROGRADOS. PRECISAMOS DE GENTE QUE CONSTRUA UMA RONDONIA MELHOR NÃO DE CRITICOS AZEDOS E RECALCADOS.
É... ironia é uma linguagem que poucos entendem. O professor não está falando dele. Leia com atenção e veja de quem ele está falando.
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