sexta-feira, 10 de setembro de 2021

O fim humilhante do “Mito”

O fim humilhante do “Mito

 

Professor Nazareno*

 

            No dia 9 de setembro de 2021 o governo de Jair Messias Bolsonaro chega ao fim no Brasil. De direito, ele ainda é o presidente do país, mas de fato são outros que a partir de agora mandarão no Planalto. O “Mito” foi eleito com 57 milhões de votos prometendo enfrentar o “sistema”, derrotar o comunismo e acabar com as esquerdas. E quem “ levou fim” foi ele mesmo. Incompetente, cheio de ódio, envolvido nos escândalos das rachadinhas e acossado por todos os lados pela CPI da Pandemia, o fracassado presidente convoca seus apoiadores para “encher as ruas” e apoiá-lo na briga que comprou com o STF. Até que colocou alguns milhares de simpatizantes a marchar, mas “o tiro saiu pela culatra” e já no dia seguinte teve que pedir desculpas públicas ao Supremo e se recolher a sua insignificância. O animal insultou o STF e tentou um golpe.

Isolado, encurralado e humilhado, o outrora “todo poderoso presidente da extrema-direita do Brasil” sai de cena e tem que engolir calado cada uma das palavras e insultos que dissera contra o Supremo Tribunal Federal e alguns de seus ministros. A humilhação maior foi ter que chamar o “vampiro golpista” e ex-presidente Michel Temer para lhe auxiliar no insólito pedido de desculpas. Baqueado, o arrogante, desastrado e fracassado capitão sai da cena política muito pior do que entrou. Bolsonaro não envergonhou somente a si e aos seus fiéis seguidores. Ele também envergonhou ainda mais o Brasil, coisa que já vinha fazendo com muita maestria desde que infelizmente assumiu a presidência deste país em 2019. Os bolsomínions, como são chamados os seus ardorosos seguidores, estão quietos como “toucinho dentro do saco”.

Desde que assumiu o poder, Bolsonaro não governou nada e criou ameaças imaginárias que só ele via. O “Mito” arrumou encrencas com os outros poderes e também com outros países. Vendeu-se vergonhosamente ao Centrão e agora, humilhado e desprestigiado, vai piorar ainda mais o que ele entende ser seu governo. O Brasil de agora não é nem a sombra do que fora em tempos passados. Temos hoje 20 milhões de famintos, 15 milhões de desempregados, inflação de dois dígitos e uma pandemia que não para de fazer vítimas diariamente. Quase 600 mil brasileiros já morreram e ainda faltam vacinas para imunizar grande parte de nossa população. Jair Messias Bolsonaro é uma das maiores tragédias que este país já viveu. Nem durante os governos ladrões do PT ou mesmo na cruel e assassina Ditadura Militar tínhamos tanta falta de esperanças.

Por tanta desgraça que cometeu contra o Brasil e os brasileiros, Jair Bolsonaro tinha que ser imediatamente preso e julgado. Deveria pagar pela sua irresponsabilidade e crueldade. Hoje somos a décima segunda economia do mundo quando já fomos a sexta. Os preços não param de subir, apesar das desculpas esfarrapadas da sua militância cega. Aliás, “pena” e “vergonha” são as palavras que logo vêm à mente quando se trata de definir hoje um seguidor deste arremedo de presidente. Fazer “arminha com as mãos” e dançar nos sinais de trânsito durante a campanha já devem ter causado arrependimento em muita gente. Infelizmente o Brasil é assim: em média, a cada 30 anos aparece um idiota dizendo que vai resolver tudo e o povão, iletrado e ignorante, acredita e dá nessa desgraça. Getúlio Vargas, Jânio Quadros, Fernando Collor e agora Bolsonaro. Até quando ainda teremos esse maldito encosto como “presidente”?

 

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.


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