O fim humilhante
do “Mito”
Professor
Nazareno*
No dia 9 de
setembro de 2021 o governo de Jair Messias Bolsonaro chega ao fim no Brasil. De
direito, ele ainda é o presidente do país, mas de fato são outros que a partir
de agora mandarão no Planalto. O “Mito”
foi eleito com 57 milhões de votos prometendo enfrentar o “sistema”, derrotar o comunismo e acabar com as esquerdas. E quem “já levou
fim” foi ele mesmo. Incompetente, cheio de ódio, envolvido nos escândalos
das rachadinhas e acossado por todos os lados pela CPI da Pandemia, o
fracassado presidente convoca seus apoiadores para “encher as ruas” e apoiá-lo na briga que comprou com o STF. Até que
colocou alguns milhares de simpatizantes a marchar, mas “o tiro saiu pela culatra” e já
no dia seguinte teve que pedir desculpas públicas ao Supremo e se recolher a
sua insignificância. O animal insultou o STF e tentou um golpe.
Isolado,
encurralado e humilhado, o outrora “todo poderoso
presidente da extrema-direita do
Brasil” sai de cena e tem que engolir calado cada uma das palavras e
insultos que dissera contra o Supremo Tribunal Federal e alguns de seus
ministros. A humilhação maior foi ter que chamar o “vampiro golpista” e ex-presidente Michel Temer para lhe auxiliar no
insólito pedido de desculpas. Baqueado, o arrogante, desastrado e fracassado
capitão sai da cena política muito pior do que entrou. Bolsonaro não envergonhou
somente a si e aos seus fiéis seguidores. Ele também envergonhou ainda mais o
Brasil, coisa que já vinha fazendo com muita maestria desde que infelizmente
assumiu a presidência deste país em 2019. Os bolsomínions, como são chamados os
seus ardorosos seguidores, estão quietos como “toucinho dentro do saco”.
Desde que
assumiu o poder, Bolsonaro não governou nada e criou ameaças imaginárias que só
ele via. O “Mito” arrumou encrencas
com os outros poderes e também com outros países. Vendeu-se vergonhosamente ao
Centrão e agora, humilhado e desprestigiado, vai piorar ainda mais o que ele
entende ser seu governo. O Brasil de agora não é nem a sombra do que fora em
tempos passados. Temos hoje 20 milhões de famintos, 15 milhões de
desempregados, inflação de dois dígitos e uma pandemia que não para de fazer
vítimas diariamente. Quase 600 mil brasileiros já morreram e ainda faltam
vacinas para imunizar grande parte de nossa população. Jair Messias Bolsonaro é
uma das maiores tragédias que este país já viveu. Nem durante os governos
ladrões do PT ou mesmo na cruel e assassina Ditadura Militar tínhamos tanta
falta de esperanças.
Por tanta
desgraça que cometeu contra o Brasil e os brasileiros, Jair Bolsonaro tinha que
ser imediatamente preso e julgado. Deveria pagar pela sua irresponsabilidade e
crueldade. Hoje somos a décima segunda economia do mundo quando já fomos a sexta.
Os preços não param de subir, apesar das desculpas esfarrapadas da sua
militância cega. Aliás, “pena” e “vergonha” são as palavras
que logo vêm à mente quando se trata de definir hoje um seguidor deste arremedo
de presidente. Fazer “arminha com as mãos”
e dançar nos sinais de trânsito durante a campanha já devem ter causado
arrependimento em muita gente. Infelizmente o Brasil é assim: em média, a cada
30 anos aparece um idiota dizendo que vai resolver tudo e o povão, iletrado e
ignorante, acredita e dá nessa desgraça. Getúlio Vargas, Jânio Quadros,
Fernando Collor e agora Bolsonaro. Até quando ainda teremos esse maldito
encosto como “presidente”?
*Foi
Professor em Porto Velho.
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