O ocaso do
Império
Professor
Nazareno*
Shame! Shame!
Shame! (Vergonha em inglês). Não existe outra palavra para descrever o que
aconteceu em Washington, Estados Unidos, no dia seis de janeiro de 2021 quando
vândalos incentivados por Donald Trump, presidente do país, invadiram o
Capitólio, sede do Congresso Nacional, para tentar impedir que os parlamentares
reconhecessem a vitória de Joe Biden dois meses antes. A maior potência
econômica e militar do planeta foi transformada de uma hora para outra em uma
reles republiqueta de bananas ou numa nação da África subsaariana, que
geralmente resolvem seus problemas políticos na força bruta. Desde o atentado
às torres gêmeas em 2001 que os norte-americanos estão perdendo a hegemonia
mundial. China e União Europeia só crescem. A partir de 2028 o PIB dos chineses
superará toda a economia dos Estados Unidos.
Democracia e
extrema-direita realmente não combinam. Em lugar nenhum do mundo. O republicano
Donald Trump perdeu as eleições nas urnas e, sem provas, diz que lhe roubaram a
vitória. Insiste que ganhou o pleito e se nega a entregar o cargo. Por isso,
protagonizou cenas lamentáveis e absurdas no país que sempre foi exemplo de
democracia para o mundo. Arrogante, negacionista, limitado e antidemocrático,
ele incentivou toda a violência que se viu. Pelo menos quatro pessoas foram
mortas e várias outras feridas. Pressionado pelos fatos e pelas circunstâncias
já admite “uma transição ordeira” de poder no próximo dia 20 de
janeiro. Devia ser responsabilizado pela anarquia que proporcionou, ser condenado
e preso antes de deixar o cargo. Até seus correligionários republicanos
condenaram fortemente as cenas vistas em Washington.
Além de covarde,
a extrema-direita também é assassina, cruel e desumana. O exemplo dos Estados
Unidos pode ultrapassar as fronteiras daquele país e “contaminar” outras democracias mundo afora. No Brasil, governado
por um insano de ideias iguais ao do demente norte-americano, o sinal de alerta
foi aceso. Jair Bolsonaro vai perder as próximas eleições de 2022 certamente.
Suas ideias retrógradas, imorais, racistas, homofóbicas, misóginas e
antidemocráticas também não prosperaram no mundo moderno e por isso a elite
nacional já devia ir “colocando as barbas
de molho”. Ano passado, por exemplo, fracassou e praticamente perdeu todas
as apostas que fez em seus candidatos nas eleições municipais. Além do mais, o
“Bozo” já alardeia publicamente que
não aceita um pleito com urnas eletrônicas. “O voto tem que ser impresso”, disse.
Donald Trump e
Jair Bolsonaro envergonham e apequenam seus países. Deviam ser escorraçados do
poder, processados, julgados e presos. Deviam ser impedidos por lei de
assumirem cargos tão importantes como o de presidente da República antes de
mostrar exames de sanidade mental. Nem os Estados Unidos merecem um nem o Brasil
merece o outro. Com 200 mil mortos pela pandemia do Coronavírus e quase oito
milhões de infectados no Brasil, Bolsonaro continua zombando dos mortos e
fazendo diariamente chacotas com a doença e nada lhe acontece. O mundo inteiro
já começou a vacinar seus habitantes enquanto aqui o incompetente trava toda
tentativa de imunizar nossos cidadãos. Nos Estados Unidos, epicentro da
pandemia, não é diferente. Só que lá o establishment não permite delírios de
governantes. Aqui, com a mentalidade golpista que temos, não se sabe o que
virá. EUA: forma triste de se deixar a hegemonia mundial.
*Foi
Professor em Porto Velho.
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