Não saia, Michel
Temer!
Professor Nazareno*
O atual presidente do Brasil, Michel Temer, tem apenas 3% de popularidade segundo recente pesquisa divulgada na mídia. Pior: segundo essas mesmas pesquisas ele conseguiu a proeza de unir o Brasil inteiro contra a sua própria pessoa. É um número muito baixo, claro, mas mesmo assim se eu fosse o mandatário brasileiro continuaria teimando em não deixar de jeito nenhum a Presidência da República. Só sairia à força, como ele mesmo já admitiu, ou então por meio de um golpe de Estado. Igual ao que ele e seus amigos reacionários deram na Dilma Rousseff e no PT em abril de 2016. E o motivo é simples: com um povo xucro e chinfrim que tem em nosso país, “sua excelência” está de bom tamanho para governar essa gentinha. O ditado popular não diz que cada povo tem o governo que merece? Então o Brasil merece o governo que aí está.
Todo mundo sabe que este medíocre governo
“está mais sujo do que pau de galinheiro”.
Há entre os mais variados setores da vida pública nacional a certeza de que o
seu governo foi um fantoche criado apenas para livrar muitos de seus
integrantes da cadeia por causa da Operação Lava Jato. Muito pior do que isso
foram as delações comprometedoras de Joesley Batista da JBS. Michel Temer está
na linha de tiro e pode ser cassado por várias razões. As pressões não param.
Só os pedidos de impeachment já ultrapassam uma dúzia. Todos, óbvio, já
devidamente engavetados por Rodrigo Maia, seu amiguinho e presidente da Câmara
dos Deputados. Ainda assim, Temer insiste em não abandonar a cadeira de
presidente da República. Muitos alegam que as recentes conquistas na economia
podem ser perdidas com a sua iminente e abrupta saída.
Além do mais, se ele cair, é o
Congresso Nacional que fará a escolha do próximo mandatário. Isso mesmo: a
eleição será indireta e serão os senhores deputados federais e os senadores que
dirão ao país quem será o sucessor de Michel Temer. A nossa Constituição prevê
eleições indiretas neste caso. Pedir e clamar por eleições diretas agora é
passar por cima da lei maior do país. Pior: mesmo que fosse um pleito direto,
já está mais do que provado que o eleitor brasileiro de um modo geral não sabe
votar nem sabe escolher bem os seus representantes. Basta olhar o perfil da
maioria de nossos políticos. Em Porto velho, por exemplo, escolhemos para
prefeito um cidadão que disse “reconhecer
um bandido com apenas dois minutos de conversa”. Mais de 150 mil porto-velhenses
caíram na lorota politiqueira. E amar, beijar e acariciar a podre cidade?
Somos despolitizados e simplórios,
infelizmente, e por isso pagamos uma conta muito alta por causa de nossas
péssimas escolhas. Entra ano e sai ano e o que se veem são autoridades cada vez
mais incompetentes, dissimuladas, mentirosas e corruptas nos governando.
Raríssimos são os políticos escolhidos por nós que governam de fato para o bem
da sociedade. Assim, Michel Temer é um castigo merecido para um povo que insiste
em não fazer corretamente as suas escolhas políticas. Eleição direta para quê? Foram
essas eleições que colocaram Dilma, Lula, Aécio, Eduardo Cunha, Zé Dirceu e o
próprio Temer no poder. Engana-se quem pensa que esse tipo de eleição fará
jorrar mel e leite das ruas. Por isso, continue com suas reformas demoníacas, senhor
presidente! Ética para isso o senhor não tem, mas quem tem ética neste país de
semianalfabetos? Não saia! A sua popularidade ainda não chegou a zero. E se
chegar, quem vai reclamar?
*É Professor em Porto Velho.
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