Macaquinhos no teatro dos CUpins
Professor Nazareno*
Depois do falso terremoto que teria sacudido a
cidade de Porto Velho e causado “sérios danos” aos seus belos viadutos e
ao Espaço Alternativo, a notícia de maior repercussão ultimamente, no entanto,
veio de fora. Foi a apresentação da peça teatral “Macaquinhos” no Teatro
do SESC em Juazeiro do Norte lá no longínquo Ceará. Baseada no livro “O povo
brasileiro” de Darcy Ribeiro, a polêmica peça envolve nove atores, que
dentre outras coisas, ficam em cima do palco cutucando e cheirando a BUNDA um
do outro. A plateia delira e fica em êxtase. Porém, os fiscais de CU alheio
espalhados pelo Brasil não gostaram da performance artística e desabafaram sua
ira nas redes sociais. Sem entender absolutamente nada de arte, muitos
internautas de Rondônia disseram que mexer no TOBA do outro não pode ser considerado
nada artístico.
A
peça Macaquinhos deveria ser apresentada em Porto Velho. Primeiro por que a
cidade é um verdadeiro ÂNUS, então combinaria. Se o Brasil fosse um corpo
humano já se sabe qual o órgão que Rondônia representaria. Porto Velho seria
pior ainda: ficaria localizado no FIM DA TRIPA GAITEIRA, o ESFÍNCTER ANAL. Uma
capital repleta de obras inacabadas, sem água potável e sem rede de esgotos só
pode ser comparada mesmo a um FIOFÓ. Lixo, podridão, fedentina e carniça espalhada
no meio das ruas, a “capital das sentinelas avançadas” fede muito mais
do que qualquer FURICO. Isso sem falar nas últimas decorações natalinas a que a
cidade foi covardemente submetida. Além do mais, a referida criação é a síntese
do povo brasileiro: levando no RABO e cantando alegre e feliz. Aqui é todo
mundo botando no FRESADO do outro sem acanhamento.
A peça
não é imoral como muitos pensam. Imoral e indecente é a nossa política
partidária. Existe algo mais ridículo do que a bancada BBB do Congresso
Nacional? E o PMDB, o PT e outras indecências? Alguém vai jurar que Eduardo
Cunha, presidente da Câmara dos Deputados é um cidadão íntegro e probo. O
Mensalão e o Petrolão são bem piores do que qualquer BUFANTE e quase ninguém
reclama de nada. A Câmara de Vereadores de Porto Velho e a Assembleia
Legislativa do Estado, por exemplo, não são instituições que possam ensinar
moral e ética a ninguém. Imoral, fedorento e abominável é o aumento, de novo, nas
contas de energia elétrica e também a novela dos transportes coletivos de Porto
Velho e a corrupção e roubalheira escandalizada do dinheiro público que parecem
até coisas legais, decentes e moralmente aceitáveis.
Num país
com hábitos culturais exóticos como o Brasil onde 92,5% não costumam ir a
exposições de arte, 91,2% não vão a espetáculos de dança, 88,6% não frequentam
teatro, 80,6% não vão a shows e mais de 70% não leem livros é absurdo e
totalmente descabido e inconsequente se fazer crítica a qualquer peça teatral.
Alguém pode até dizer que há dinheiro público patrocinando estes artistas. E de
onde sai o dinheiro que banca os nossos políticos? Rompimento de hidrelétricas
em Porto Velho, terremoto fictício, e agora uma peça teatral bolinando o
ORIFÍCIO DA MALDADE dos outros. Ninguém devia se preocupar com o RETO alheio nem
com mentiras e invenções tolas quando se têm tantas coisas mais importantes
para se discutir em todo o país. Não assisti à peça, mas acho que ela vai ficar
“ANOS” em cartaz. O BUTICO do próximo sempre foi algo artesANAL. Quem
não se lembra da famosa EXPO-CU de Paris?
*É Professor em Porto Velho.
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