Uma
ponte com 975 m de “estensão”
Professor
Nazareno*
Para delírio
geral e alegria da matutada, finalmente a capital dos rondonienses
agora tem uma enorme ponte. Custou uns 300 milhões de reais e para combinar com
as muitas outras obras da cidade, o inútil e sinistro monumento ainda está
inacabado. Reclamaram as más línguas que está no escuro. Nada mais normal para
uma cidade que vive suas noites em pleno breu. Já acostumada com a falta de
lâmpadas, a “cidade das hidrelétricas” nem se preocupa com o problema.
Agora todos creem piamente que Porto Velho, por causa desta horrorosa obra, foi
finalmente ligada a Manaus. Ledo engano. Para não ficarem para trás, os
amazonenses também fizeram a sua ponte. Só que lá no Amazonas liga Manaus a
Cacau Pirera e não à BR-319. Então saindo daqui, chega-se ao Careiro da Várzea
e de lá ainda serão duas horas de balsa até a capital amazonense.
Estrategicamente ligando “o nada
a coisa alguma”, o dispensável entulho de cimento e concreto até agora só
tem servido para baratear o preço da farinha de mandioca do Projeto Joana D’Arc,
além de ser usado também para os curiosos fazerem fotos e postar nas redes
sociais. Uma ponte sem estrada nem movimento de carros e pessoas que possa
justificar a sua dispendiosa construção é uma homenagem ao desperdício, coisa típica
de políticos brasileiros. Essa grana poderia ter sido usada para criar uma
universidade estadual ou até para melhorar as nossas escolas, mas quem se
importa com educação por aqui? Os otimistas podem falar que a estrada até
Manaus sairá algum dia. Sonho impossível, pois além de precisar construir
outra ponte lá no Amazonas, com a vitória quase certa da Marina Silva este
projeto jamais sairá do papel.
Construir uma ponte para subsidiar
farinha d’água e alegrar meia dúzia de capiaus, já é sinônimo de
desenvolvimento e progresso em Rondônia. Ponte tem que ter serventia como a
Rio-Niterói, a de Natal, Vitória, Porto Alegre e tantas outras importantes. Toda
essa verba injetada na decadente e quase falida economia local faria alguma
diferença para melhor. A lúgubre construção, por ter a proteção lateral muito
baixa num dos lados, apresenta sérios perigos para os transeuntes. Servirá apenas
para aumentar ainda mais o número de suicídios em Porto Velho e também para a “desova
de presuntos” sem que ninguém veja. Poderia servir futuramente também para
a realização do Arraial Flor do Maracujá, já que esta conhecida festa, chamada
de cultural por muitos, ainda não tem local nem data definida e por ser caipira
combina com a situação.
Das três pontes prometidas
para Rondônia em “outras campanhas eleitorais”, esta é a menos
importante. E das três, deveria ter sido a última a ser construída. Por que não
construíram uma no Abunã na BR-364 e tiraram o vizinho Acre do isolamento?
Quase um milhão de brasileiros seriam beneficiados. A construção de uma ponte
binacional ligando Guajará-Mirim a Guayaramerin melhoraria a vida de mais de
100 mil pessoas entre brasileiros e bolivianos. O problema é que ao lado destas
pontes não existem os mais de 300 mil eleitores para ver e admirar diariamente
a “capacidade e a competência” de suas autoridades. Como seria bom que o
problema desse trambolho se resumisse somente a um simples erro de ortografia.
Falta agora nomear o bisonho e desnecessário monumento. Com tantos bons
políticos sobrando em Rondônia, seria difícil escolher qual deles lhe daria um
bom nome. Porto Velho agora tem festa na roça.
*É Professor em Porto
Velho.
40 comentários:
Sou Capiau, sim com muito orgulho, sou honesto e trabalhador, tenho saúde e alegria em viver, apesar dos muitos obstáculos e batalhas diárias imposta pela vida, mas mesmo assim volto a dizer sou feliz, tenho uma família linda e amável. Posso não ter bens materiais, posso não ter dinheiro, posso não ter estudo suficiente para superar seus títulos acadêmicos prezado "professor", mas sou feliz, gosto das pessoas e tenho respeito pelo meu semelhante, respeito capiaus como eu, beradeiros, imigrantes nordestinos e sulistas. Agora eu pergunto quem tem mais educação um acadêmico excêntrico, esnobe e infeliz como você, pois não respeita o povo nativo da região, ou um simples capiau como eu, que tenta seguir o que o mestre ensinou: "trate o próximo como fosse você mesmo". Reflita um pouco, deixe de ser arrogante e prepotente, pois quem realmente tem sabedoria respeita as diferenças culturais e sociais. Lembre-se que um dia você ou alguém de sua família pode precisar da ajuda de um "nativo da região", ajuda essa que pode ser um simples gesto de emprestar um telefone para chamar o guincho no meio da estrada deserta ou até mesmo salvar sua vida através de uma doação de sangue ou órgãos para transplante em um familiar seu, aí então eu gostaria de ver seu semblante ao saber que um simples "matuto capiau" salvou o que você tem de mais precioso na vida, ou seja, sua família. Meus cumprimentos capiau da silva.
inacreditavel.o que este sr comenta.e de chorar concordo com a questao politica mas chamar as pessoas que ali transitam de capial e demais creio que o nobre professor vive em outro estado e nao conhece a realidade das pessoas que ali residem plantao e criam seu filhos com muita dificuldades.sem falar das pessoas que moram em humaita.sou pequeno produtor rural ali residente nao com tanta cultura"como a sua mas tenho vergonha" do que li aqui a proposito vou cuidar das minhas galinhas que talves tenham mais inteligencia do que o nobre digo mestre.
Acredito que não só o Estado de/RO como o Amazonas e toda a região esta bem servido com esta bonita obra e as pessoas que não estão contente é elas querem que quanto pior melhor elas nunca colaboram pra nada não faz nada e sabem criticar se querem tres pontes então vão a luta e ajudem a construir + duas e tudo vai ficar bem
Tudo que foi comentado seria valido se a ponte tivesse 975m de EXTENSÃO - O professor se esquece que ela tem 975m de estensão - porisso não tem serventia
Ainda que tentado, no início, a manter a velha linha textual, mostrou que pode fazer um texto crítico, sério, abrangente e com graça. Parabéns! Ah! Não respondi sua réplica por crer que, quem se expõe (com textos, arte, política ou mesmo comercialmente), deve receber tanto as críticas como os elogios como consequencia do que apresenta.
Professor; mas...será?? bom...quer saber;..deixa pra lá!
Se não fosse trágico, seria cômico!!! rir demaisss....
SABE DE NADA, INOCENTE. O PROFESSOR ENTENDE TANTO DE PRIORIDADES E OUTROS INTERESSES QUANTO DE FÍSICA QUÂNTICA. PROF, HÁ MAIS COISAS ENTRE UMA PONTE E UM RIO DO QUE SUPOR SUA POBRE FILOSOFIA.
Professor essa ponte era necessária, não importando se seria pra gerar riquezas ou não, existe uma comunidade lá do outro lado, futuramente a ponte vai trazer custo-beneficío para todos nós porto-velhenses sim, bom não somos idiotas e sabemos que falta muita coisa pra conclui-la, parece que o professor era sócio da balsa, com todo o respeito
Professor admiro muito o seu comentário, o Snr. é professor de qual nível de escolaridade mesmo hem? Porque o quanto é pobre, primata, egoísta o seu pensamento, a ponte não é exclusividade só do Amazonas, o Shr. não tem noção da alegria daquele pessoal sofredor que rala para colocar alimento pra você e sua família, a propósito não é somente Joana `D`ark beneficiados somos nós todos que precisamos ir e vir sem ter que ser explorado por anos pelo proprietário da balsa, a não der que tenha algum vínculo com os proprietários então me desculpe, quando for usar sua cabeça pensante pense na população menos favorecidas. Esta ponte não é nada extraordinário, você verá outra parte de Porto Velho que vai surgir na margem esquerda do rio isso faz parte do progresso.
Isso é no mínimo um recalque. Ele pode até não gostar da obra e tem o direito de apontar os problemas, visto pela sua ótica. Mas acho que faltou com o respeito com as pessoas que dela nescessitam.
Sou professora do outro lado do rio e acho de extrema ignorância um renomado crítico escrever essas barbaridades dizendo que quem utiliza essa ponte é um bando de matutos e capiaus alegres. Certo que ainda está sem iluminação mas já fez uma grande diferença para aqueles que com seu árduo trabalho rural trazem para os que não são capiaus o sagrado alimento de cada dia que para sua informação deverá ficar bem mais barato.
To com você, mas o que ele quis dizer é que foi muito dinheiro investido e o trabalho não foi bem feito.
Vc tem toda razão mestre. .
Não devemos é dar ibop pra esse pseudo professor. .
esse senhor é um oportunista e não tem nada de bom pra passar ..
Não li o que ele escreveu. ..
Nem perdi meu tempo pra isso. .
professora vc sim tem o meu respeito como educadora não esse senhor. .
Como assim INÚTIL?! Pelo amor hein... Útil mesmo era ficar pagando pra atravessar de balsa e demorar horrores né? Shut up!!
Vc que escreveu essa matéria e um tremendo idiota, ou deve ser parente dos donos da balsa. Ou talvez seja os dois, o jornalista ruim. O Rondônia o vivo acabou de perder muitos leitores com essa matéria medíocre.
Francisco Baden, eu não gostei foi do tratamento de descaso e desrespeito ao povo agricultor que vivem há mais de trinta anos daquele lado tendo que tiveram que suportar os desmandos de dono de balsas. Nesses 14 anos que trabalho do outro lado vi muitas vidas partindo por conta da demora daquela que agora também jaz...BALSA
Ja se ve que o prezado articulista nunca pegou uma "filinha" para atravessar o rio por ali... Pode chamar a ponte do que quiser, mas inútil aqui, apenas o artigo.
Porque vcs referem as pessoas como matutos,olha nao formada em nada,e nem por isso trato as pessoas dessa forma,me desculpe,mais e bom tratarem as pessoas com mais respeito,e nao como matutos,respeito e bom e nois gostamos
Uma ponte tão grande com vários defeitos, tanto dinheiro gasto e ainda falta muito para acaba ela, falta iluminação a noite não da para ver nada (OBS: sim da para ver vários usadores de droga fumando sua maconha e merla na ponte) , pessoas que passa pé por ai e capais de pula dela pois não tem uma proteção adequada do lado direito de quem vem para porto velho, dinheiro gasto ate de mais... para uma ponte onde não tem nem uma proteção.
O dinheiro do povo é pra gastar com o povo. Ou tô errada?! Ao invés de fazer críticas menosprezando quem vive do outro lado, busque meios para melhorias.
a mudaram a placa...oh professor NAZARENO VLW..mas acho que vc deveria se mudar pra outro estado ou do BRASIL MESMO suas criticas nao sao necessaria todo mundo ta vendo como ta porto velho a e sabe calado vc e um poeta.........
Não sou de comentar nada sobre notícias de site, mas nesse caso, fica impossível não falar nada. Primeiro da IDIOTICE de um PROFESSOR, chamar uma ponte dessas de inútil, pelo amor de Deus, vc é louco? Outra coisa foi o camarada Emerson Silva concordar de certa forma com o que foi dito, apesar de respeitar a opinião de cada um, mesmo ela sendo idiota, mas os erros ortográficos que esse cidadão colocou em seu comentário é savana gemas com língua portuguesa...pelo amor de Deus...USADORES, PASSA PÉ e CAPAIS é DEMAIS...Use um corretor ortográfico velho, na boa!
inutil e esse comentario desse FDP , achou Ruim lazarento vem tirar satisfacoes Professor lazarento .
Inutil e o seu comentario infeliz seu professor de quinta categoria.
Foi um erro dizer que está sendo inútil. Porém, existem tantas outras obras mais importantes que deveriam ter sido feitas primeiro. Um exemplo, seria a construção de uma Universidade Estadual no estado. E também, concordo em gênero e grau, que está obra faraônica foi feita pra arrecadar votos dos não conscientes. Mais uma vez, tanto dinheiro investido em algo que não dará o devido retorno... E quem paga a conta com isso? Todos nós.
Nazareno? nem perca seu tempo! Kkkkkk pior que isso foi a.matéria sobre o futebol na copa kkkkkkkkkk
Parabéns professor pelo texto!! Porém, vale salientar que de todo a obra não é inútil. Há interesse público de muitas partes, no entanto, foi muito dinheiro investido para pouco retorno( partindo do ponto de vista capitalista), mas fico feliz pelas famílias que serão beneficiadas pela obra. Continue a fazer seus textos e a gerar reflexões, pois precisamos de uma massa pensante, e não alienada.
Vale lembrar o erro ortográfico salientado pelo professor e feito pelo governo, mas ainda assim, não é certo chamar as pessoas que irão utilizar a ponte de matutos.
Achei muito exageradas as críticas e desproporcionais. Também não concordo com as ofensas dirigidas ao povo que irá fazer uso dessa obra, e tampouco que se faça comentários sobre episódios fatídicos, como suicídio. Foi meu professor, e por isso o respeito, mas não concordo com suas opiniões.Nesse ponto, acredito que não representa a população do nosso Estado, seja em que nível for.
Em Rondônia é assim,demora uma eternidade pra construir as coisas,e ainda fica pela metade ñ sei pra onde vai tanto dinheiro.
Gostaria muito de ver a ponte de PVH,mas to na barragem de Belo Monte ,mas sou nascida e criada ai achei linda PVH merece isso sim e em dezembro vou de baixada e quero ter o prazer em ver ela.
inútil só se for pra vc meu bem!!!por que pra muitos vai ser de muita serventia inclusive pra mim q tenho um sítio la do outro lado.... "fala demais por nao ter nada a dizer"
verdade..verdadeira...Infelizmente
Mais uma vez o professor lazarento vem criticar minha paixão . Professor vai te imbora !
como tudo em Rondonia é extranho. faltou a iluminação.
INÚTIL E SINISTRO ???? O cara fumou um cigarrinho do capeta.. só pode
Talvez se sua mãe morasse do outro lado do rio o senhor pensasse diferente Professor! Fico muito triste em saber que este blog, que é formador de opinião, expõe um texto tão medíocre. Na verdade custo a acreditar que o Prof.Nazareno mesmo que nós conhecemos e admiramos quem escreveu.
Pois é essa matutada esta muito feliz pq não vai mas passar de 02a 03 esperando a balsa pra atravessar o rio madeira .Demorou sim mas enfim O PT esta concluindo sua obra. Neh professor?.
O professor está certíssimo! Quando pensamos em uma gestão estadual, devemos verificar o custo-benefício. Qual é o mais viável? Pagar uma ponte de 300 milhões de reais para beneficiar uma quantidade mínima de pessoas ou utilizar esse dinheiro de forma que beneficie bem mais pessoas, como uma universidade estadual ou uma ponte no Abunã, como o professor citou? Não estou dizendo que os que moram depois da ponte deveriam ser esquecidos, mas uma forma mais barata, correspondente à necessidade, deveria ser pensada. O que falta é PLANEJAMENTO!
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