E o Bozo só relincha
Professor
Nazareno*
Diante da crise
provocada pela pandemia do Coronavírus, o Brasil está percebendo aos poucos que
não tem um presidente da República. Não tem um líder de fato até agora para
comandar o país nestes momentos de extrema dificuldade. Nos países ricos e
desenvolvidos essa liderança é assumida normalmente por seus presidentes e
primeiros-ministros sem nenhum problema. Na Alemanha, Angela Merckel comanda as
ações. Na França é o jovem presidente Emmanuel Macron que dita todas as regras,
na Espanha Pedro Sánchez está à frente das ações e na Itália o
primeiro-ministro Giuseppe Conte é quem lidera os italianos. Até nos Estados
Unidos, Donald Trump já se rendeu à dura realidade da pandemia e procura, a seu
jeito, levar seus compatriotas à vitória. No Brasil, o “Mito” relincha e só espalha ódio e intrigas aqui.
Sem entender absolutamente nada
sobre essa terrível pandemia e também sobre outros assuntos, o presidente Jair Bolsonaro
já brigou com os governadores, com o Congresso Nacional, com o STF, com a OMS,
com a ciência. Perde apoio a cada dia e se desmoraliza perante a opinião
pública nacional. Guiado só pelas redes sociais e pelo “gabinete do ódio” comandado por seus filhos e pelo “intelectual de araque” Olavo de
Carvalho, o “Mito” é um fracasso sem
precedentes na história recente desse país. Ignorado, isolado e desmoralizado
pelas evidências, o Bozo é ridicularizado todo santo dia nas mídias nacional e
internacional. Virou chacota e não comanda hoje nem o seu próprio governo.
Incapaz de demitir o seu ministro da Saúde, o “fraco líder” do Brasil
deveria renunciar ao mandato e deixar as autoridades de verdade comandarem o
caos.
Para desespero do “incapaz e inapto presidente” e também contra
a sua vontade, o ministro Mandetta continuará, por enquanto, comandando as
ações contra a pandemia. Com ciúmes e inveja da eficiência do seu ministro da
Saúde, Bolsonaro estava disposto a demiti-lo, mas os militares, toda a área
técnica do governo, parlamentares, opinião pública e ministros do Supremo
impuseram suas vontades ao Bozo. Hoje, para o Brasil e os brasileiros, Jair
Messias Bolsonaro é uma espécie de rainha da Inglaterra e não manda mais em nada.
Está desacreditado, “sua caneta está sem
tinta” e sua posição está cada vez mais ridicularizada. O “líder de opereta” dos 57 milhões de
eleitores continuará, no entanto, divertindo os tolos com a sua rompança e seu
discurso genocida, ultrapassado e incoerente. Sequer conseguiu emplacar o amigo
Osmar “Terra Plana”.
Bolsonaro
continua sendo infelizmente o presidente do Brasil, mas quem manda de fato a
partir de agora é o vice Hamilton Mourão, a ciência, a lógica e o ministro Luiz
Henrique Mandetta. A quarentena e o isolamento dos brasileiros para tentar
deter ou amenizar o vírus vão continuar, sim. As recomendações da OMS, dos
epidemiologistas, dos cientistas em geral e de parte da mídia nacional devem
balizar o enfrentamento da crise. E o comércio, para desespero dos bolsomínions,
não vai abrir sem critérios. O “Mito”
virou uma espécie de bobo da corte sem nenhum prestígio e levado na galhofa por
muita gente, inclusive muitos de seus eleitores e seguidores de primeira hora. Se
ele tivesse competência e boa vontade estaria liderando o país e seu povo
nestas horas tão difíceis. Eu, por exemplo, já teria me arrependido se tivesse
votado nessa desgraça, nesse estrupício. Ele agora se contentará apenas em relinchar
de tristeza. E de vergonha.
*Foi
Professor em Porto Velho.
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