Sejamos
ateus e alcoólatras!
Por Professor Nazareno*
Para muitas
pessoas, o fato de alguém não acreditar em Deus ou simplesmente ingerir bebidas
alcoólicas pode ser visto como defeitos imperdoáveis do ser humano. Mas pode
ser engano se levarmos em consideração algumas circunstâncias envolvendo essas
duas ações tão comuns a nós mortais. Esses dois adjetivos podem ser “do bem” desde que vistos, digamos, por
outro lado mais otimista. “Encher a cara”
e “tomar umas e outras” não pode ser
pecado, já que o primeiro milagre atribuído a Jesus Cristo foi exatamente o de,
numa festa na Galileia, transformar a água em vinho. E se era vinho mesmo, como
muitas pessoas acreditam e fazem questão de divulgar, devia ter álcool, pois
sem essa “santa” substância não seria
vinho e sim, apenas suco de uva. Embora alguns evangelistas como Mateus, Marcos
e Lucas tenham sempre negado isso.
O álcool não pode
ser assim tão prejudicial ao nosso organismo como muitos ainda pensam. Sob o
ponto de vista da lógica, leis secas nem deveriam existir. Pessoas sóbrias já
cometeram mais imbecilidades e tolices do que muitos bêbados: à exceção talvez
do russo Boris Yeltsin, que outro chefe de Estado declarou guerra a outro país
quando estava bêbado? Todos estavam perfeitamente sóbrios. E quando Harry
Truman, ex-presidente dos Estados Unidos, ordenou o bombardeio atômico ao Japão
já derrotado durante a Segunda Guerra Mundial, certamente não estava bêbado
também. Talvez se tivesse tomado uns “drinques”
antes, o massacre desnecessário de civis inocentes em Hiroxima e Nagasaki
tivesse sido evitado. Eu, por exemplo, não consigo produzir textos depois de
tomar umas cervejas. Sempre estou sóbrio quando escrevo. Alguém acredita?
Em relação ao
ateísmo, é incrível a coincidência, mas dos cinco países em que há o maior
número de ateus em suas populações encontram-se a Suécia, a Dinamarca, a
Noruega e o Japão. São nações que dispensam qualquer comentário em relação ao
nível cultural, qualidade de vida, paz, progresso e desenvolvimento de suas
sociedades. Já na outra ponta da lista, a dos países “mais religiosos” do mundo, está o Egito (que há pouco esteve envolvido
numa guerra civil), Bangladesh, Indonésia, Serra Leoa e República do Congo
(ex-Zaire). Enfim, quanto mais religiosos forem os habitantes de um país, mais
pobre ele tende a ser. E quem diz isso é uma pesquisa feita pelo Instituto
Gallup em 114 países e que foi divulgada recentemente. De certa maneira,
segundo o Gallup, a religião leva ao preconceito, à intolerância, às disputas,
à fome, à guerra...
Se ateísmo e alcoolismo
forem qualidades negativas, o que leva um político, cristão e abstêmio por
opção, a “meter a mão” no dinheiro
público? Em Rondônia, seguindo-se este raciocínio totalmente equivocado, os
muitos e incontáveis ladrões do Erário deviam ser todos ateus e alcoólatras e
os prédios das Câmaras de Vereadores e da Assembleia Legislativa seriam lugares
“quase santos” e alvo de romarias e
procissões. No PT, será que há algum militante que gosta de ir à igreja e
depois voltar para casa e ficar pensando em como ajudar os outros? Depois da
liberdade do Lula, conheço muitos petistas que encheram a cara e fizeram
churrasco com “a cara carne do povo”.
Decididamente o álcool é bom, já que fornece calorias para o nosso organismo
enquanto não ter uma religião nos livra de problemas como o dízimo e da vontade
de ir para o céu depois da morte. Lá deve ser muito ruim, pois é para onde vão
os políticos: petistas, bolsonaristas, deputados, senadores, presidentes,
prefeitos e vereadores. Amem, irmão?
*É
Professor em Porto Velho.
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