Cem dias de nada
Professor
Nazareno*
Há aproximadamente
cem dias à frente da prefeitura municipal de Porto Velho, o “prefeito sem salário” Hildon Chaves do
PSDB ainda não disse a que veio. A capital dos rondonienses continua o caos e o
inferno que sempre foi. Praticamente nada mudou por aqui. A cidade das
hidrelétricas caminha com o seu triste destino de ser a pior cidade para se
viver dentre as capitais do país. O Instituto Trata Brasil insiste em desnudar
com números o Holocausto que nós habitantes somos obrigados a viver
diariamente. Esgotos continuam rotineiramente a correr a céu aberto mostrando o
desleixo e a inércia das autoridades para resolver o problema. Água tratada
ainda é um artigo de luxo nesta cidade amazônica, onde chove quase que diariamente
e que é banhada por um dos maiores rios de água ainda potável do mundo. O
inferno é aqui.
Hildon Chaves, o
pernambucano que se elegeu prefeito dizendo não ser político, ainda não trouxe
nenhum alento para os porto-velhenses. Já há boatos entre os seus quase 150 mil
eleitores de que se as eleições fossem hoje, não votariam mais no tucano. A
decepção com a nova administração de Porto Velho veio mais rápida do que com o
seu antecessor, o lento Mauro Nazif. Assim, a maldição sobre a podre e suja
capital rondoniense continua sem tréguas. Nestes 102 anos de história, entra
prefeito e sai prefeito e os problemas insistem em infernizar a vida dos
moradores. O trânsito continua caótico, as ruas enlameadas e as alagações não
dão sossego principalmente nas periferias imundas da capital. O verão se
aproxima e com ele a sufocante fumaça das queimadas e a poeira infecta das ruas
esburacadas darão brevemente o ar da graça.
Questionado
sobre sua primeira ação assim que empossado, Dr. Hildon, “o prefeito sem salário”, relatou que iria avaliar a situação da
prefeitura para depois iniciar as ações. "Precisamos avaliar a prefeitura para poder decidir que atitude tomar”,
disse há três meses. Não fez uma coisa
nem outra. E se avaliou a situação, nenhuma providência tomou para melhorar a
nossa vida. Qual a diferença, por exemplo, que se percebe na cidade nestes
últimos 100 dias? NENHUMA. O lixo espalhado nas calçadas é o cartão postal de
sempre. Merda boiando a céu aberto no meio da rua durante as chuvas é uma
constante. A rodoviária continua com seus banheiros infectos para receber os
poucos visitantes que ainda se arriscam a vir para cá. As obras inacabadas
espalhadas pelos quatro cantos da capital sequer foram citadas pela nova
administração da cidade.
Qual a novidade, então, que
o novo prefeito de Porto Velho fez até agora que qualquer administrador “meia boca” não faria melhor? Criar quase
dois mil cargos comissionados e avançar na calada da noite contra direitos dos
servidores municipais como a extinção dos quinquênios certamente poucos
administradores de bom senso fariam. Até os semáforos que a administração
anterior deixou estão em alguns cruzamentos com a contagem já danificada. O
trânsito não melhorou, a escuridão piorou, a sujeira campeia, os igarapés
continuam podres e pior: a autoestima dos moradores está um caos também. O
prometido choque de gestão do início virou “choque
digestão”. Então, Hildon Chaves, “o
prefeito sem salário”, é uma fraude, um embuste, uma farsa? Ora, se nem ele
mesmo acreditava que pudesse ganhar as eleições, como os tolos eleitores podem
querer agora alguma benfeitoria em apenas cem dias?
*É
Professor em Porto Velho.
6 comentários:
Professorzinho alienado marxista e esclerosado. Vai chupar o lula seu cretino.
Bom dia Caro Jornalista, boca que muito fala, falta saliva. Me mostre um prefeito que fez o que prometeu em 100 dias, tenha a experiência em assumir uma casa totalmente bagunçada, só o lixo, muito antiga, com problemas de instalação, cupim no madeiramento das vigas, telhado com grandes goteiras, pilares quase em ruínas. Tente organizar essa casa, você levará o tempo proporcional ao tamanho do seu problema. Primeiro se estuda os problemas e depois a solução, e por fim coloca-las em prática. Prefeito de Pvh Dr. Hildon, e muitos outros que também são competentes como o mesmo, mas que é momento de conhecer os problemas e organizar as soluções. Creio que a partir de janeiro do ano que vem já é o bastante para começar a ver ações que vão além das obrigações básicas. Isso é claro, não isenta o executivo em falhar nas obrigações básicas, coleta de lixo, educação e saúde.
A cidade esta tomando novoc ares, tem que terpaciencia , poucos ajudam o nosso municipio crescer, agora sentar a lenha ,ai a coisa vai, vamos somar , vamos apostar. Precisamos de uma cidade digna.
A bem da verdade é que pelas ações praticadas, demagógicas, demonstra que, igual aos seus antecessores deixará a cidade pior do que pegou. PORTO VELHO - TÔ DENTRO - Do chiqueiro de sempre.
Primeira opinião NAZARENO que me ponho a elogiar. Parabéns! Vou? Nem precisa escrotear ninguém para ser excelente crítico. Bravo!
Nazareno, o prefeito é mesmo culpado pela falta de educação das pessoas que jogam lixo na rua?. Lembro que ele fez uma faxina na estrada de ferro, depois da reinauguração após a limpeza, o povo deixou mais de uma tonelada de lixo. Isso é cultural....
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