quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Flamengo e Bolsonaro só perdem

Flamengo e Bolsonaro só perdem

 

Professor Nazareno*

 

            Existem duas tranqueiras no Brasil atualmente: uma na política e bem mais atual. A outra é mais antiga, está vinculada ao futebol e é chamada de paixão nacional. O Clube de Regatas Flamengo e o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro parece que estão disputando “palmo a palmo” quem é a pior desgraça que aconteceu ao Brasil e aos brasileiros nos últimos anos. Bolsonaro foi processado, julgado, condenado e está preso por tentativa de golpe de Estado. Deve cumprir pelo menos 27 anos e três meses de cadeia. O Flamengo não foi processado nem condenado a nada por ter dado mais uma decepção aos seus tolos torcedores no jogo pela decisão da Copa Intercontinental de Clubes/25. Perdeu para o PSG da França. Mas devia: como pode um time que se diz profissional e é tão badalado pelos seus torcedores perder quatro pênaltis em uma decisão desse calibre?

Além do mais, a morte dos meninos no “Ninho do Urubu” em 2019 continua como uma grande mancha de tristeza na história desse time do Rio de Janeiro. Pelo menos dez garotos entre 14 e 16 anos foram vítimas de um incêndio nas dependências do clube carioca. Claro que houve negligência. No futebol, o Flamengo é uma decepção nacional assim como Bolsonaro foi na política. E os dois, não se sabe como, conseguem formar massas de ignorantes seguidores. O “Mito” de muitos brasileiros disse que ia enfrentar o sistema e dessa forma mudaria para sempre a vida de seus conterrâneos. Pura enganação, só balela mesmo. O que ele mudou foi só a sua vidinha infeliz. Está enjaulado nas dependências da Polícia Federal em Brasília dependendo hoje de uma anistia que pode não sair tão cedo devido à gravidade dos crimes que ele cometeu quando foi presidente.

             Só na Covid foram mais de 700 mil vidas ceifadas por pura negligência dele em trazer vacinas para enfrenar o caos do Coronavírus. Já o Flamengo conseguiu enganar seus torcedores durante o ano todo. Fazia pose de time grande e dava a impressão (falsa) de poder competir de igual para igual com os times europeus. Levou um baile dos franceses dirigidos pelo melhor técnico da atualidade: o espanhol Luis Enrique. O empate só veio num pênalti que não houve quando o brasileiro Marquinhos do PSG teria derrubado Arrascaeta do Flamengo dentro da área. O placar prosseguiu até o final da prorrogação. Nos pênaltis, o fracasso e a decepção flamenguista vieram à tona. A equipe brasileira perdeu, por incrível que pareça, quatro pênaltis seguidos. Nem o Genus de Porto Velho em sua pior fase conseguiria essa proeza tão absurda. Eis aí um time de comadres.

            Depois dessa derrota inexplicável, os torcedores desse “timinho de várzea” deviam escolher algo melhor para torcer a partir de agora. Eu pelo menos torço, há tempos, pelo poderoso Bayern de Munique da Alemanha e não tenho do que reclamar. O Flamengo foi dominado o tempo inteiro pelos franceses e só empatou o jogo num lance pra lá de duvidoso. E isso pode ser um prenúncio da próxima Copa do Mundo. A seleção brasileira atual é até pior do que o time carioca. E talvez nem passe da primeira fase do torneio. Os brasileiros fracassam tanto no futebol quanto na política por não ter uma boa capacidade de escolhas. E para evitar essas vergonhas deviam pesquisar melhor nas duas situações. Mas Flamengo e Bolsonaro divergem em alguma coisa: o rubro-negro carioca será campeão do estadual jogando contra o Volta Redonda ou o Maricá. Já o Bolsonaro, preso, escapou de uma grande decepção: teria de enfrentar Lula, o PSG da nossa política.

 

 

*Foi Professor em Porto Velho.

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