Flamengo
e Bolsonaro só perdem
Professor
Nazareno*
Existem
duas tranqueiras no Brasil atualmente: uma na política e bem mais atual. A
outra é mais antiga, está vinculada ao futebol e é chamada de paixão nacional.
O Clube de Regatas Flamengo e o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro parece que
estão disputando “palmo a palmo” quem é a pior desgraça que aconteceu ao
Brasil e aos brasileiros nos últimos anos. Bolsonaro foi processado, julgado,
condenado e está preso por tentativa de golpe de Estado. Deve cumprir pelo
menos 27 anos e três meses de cadeia. O Flamengo não foi processado nem
condenado a nada por ter dado mais uma decepção aos seus tolos torcedores no
jogo pela decisão da Copa Intercontinental de Clubes/25. Perdeu para o PSG da
França. Mas devia: como pode um time que se diz profissional e é tão badalado
pelos seus torcedores perder quatro pênaltis em uma decisão desse calibre?
Além do mais, a
morte dos meninos no “Ninho do Urubu” em 2019 continua como uma grande
mancha de tristeza na história desse time do Rio de Janeiro. Pelo menos dez
garotos entre 14 e 16 anos foram vítimas de um incêndio nas dependências do
clube carioca. Claro que houve negligência. No futebol, o Flamengo é uma decepção
nacional assim como Bolsonaro foi na política. E os dois, não se sabe como,
conseguem formar massas de ignorantes seguidores. O “Mito” de
muitos brasileiros disse que ia enfrentar o sistema e dessa forma mudaria para
sempre a vida de seus conterrâneos. Pura enganação, só balela mesmo. O que ele
mudou foi só a sua vidinha infeliz. Está enjaulado nas dependências da Polícia
Federal em Brasília dependendo hoje de uma anistia que pode não sair tão cedo
devido à gravidade dos crimes que ele cometeu quando foi presidente.
Só na Covid foram mais de 700 mil vidas
ceifadas por pura negligência dele em trazer vacinas para enfrenar o caos do
Coronavírus. Já o Flamengo conseguiu enganar seus torcedores durante o ano
todo. Fazia pose de time grande e dava a impressão (falsa) de poder competir de
igual para igual com os times europeus. Levou um baile dos franceses dirigidos
pelo melhor técnico da atualidade: o espanhol Luis Enrique. O empate só veio
num pênalti que não houve quando o brasileiro Marquinhos do PSG teria derrubado
Arrascaeta do Flamengo dentro da área. O placar prosseguiu até o final da
prorrogação. Nos pênaltis, o fracasso e a decepção flamenguista vieram à tona.
A equipe brasileira perdeu, por incrível que pareça, quatro pênaltis seguidos.
Nem o Genus de Porto Velho em sua pior fase conseguiria essa proeza tão
absurda. Eis aí um time de comadres.
Depois
dessa derrota inexplicável, os torcedores desse “timinho de várzea”
deviam escolher algo melhor para torcer a partir de agora. Eu pelo menos torço,
há tempos, pelo poderoso Bayern de Munique da Alemanha e não
tenho do que reclamar. O Flamengo foi dominado o tempo inteiro pelos franceses
e só empatou o jogo num lance pra lá de duvidoso. E isso pode ser um prenúncio
da próxima Copa do Mundo. A seleção brasileira atual é até pior do que o time carioca.
E talvez nem passe da primeira fase do torneio. Os brasileiros fracassam tanto
no futebol quanto na política por não ter uma boa capacidade de escolhas. E
para evitar essas vergonhas deviam pesquisar melhor nas duas situações. Mas
Flamengo e Bolsonaro divergem em alguma coisa: o rubro-negro carioca será
campeão do estadual jogando contra o Volta Redonda ou o Maricá. Já o Bolsonaro,
preso, escapou de uma grande decepção: teria de enfrentar Lula, o PSG da nossa
política.
*Foi Professor em Porto
Velho.

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