Israel
não é Estado terrorista!
Professor
Nazareno*
Segundo
o dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, terrorismo é o modo de agir, ameaçar
ou influenciar outras pessoas, ou de impor-lhes a vontade pelo uso sistemático
do terror. É também uma forma de ação política que combate o poder estabelecido
mediante o emprego da violência. O que o Hamas fez em Israel no dia 7 de
outubro de 2023, quando matou friamente mais de mil e quatrocentas pessoas, a
maioria civis inocentes e desarmados foi um ato brutal de terrorismo. Velhos já
doentes, jovens, mulheres e principalmente crianças foram trucidados por homens
do Hamas fortemente armados. Pelo menos uns 240 cidadãos judeus foram levados
como reféns pelos ensandecidos membros do grupo islâmico. A reposta de Israel
veio em grande estilo, mesmo se sabendo que essa nação não pode se enquadrar no
conceito de Estado terrorista.
O
Hamas teria matado mais de 40 crianças israelenses. Bebês foram mortos e
mulheres estupradas. Uma barbárie! Um crime de terrorismo inaceitável. Mas o
Hamas é um grupo terrorista. Já Israel, que não é um Estado terrorista, matou
até agora quase 14 mil pessoas inocentes em Gaza. Três mil eram estudantes, 56
jornalistas, 200 médicos umas três mil mulheres e mais de 5.500 crianças. Muitos
eram bebês recém-nascidos. Mas Israel não estuprou ninguém. Várias famílias
foram despedaçadas pelas bombas israelenses. Pacatos pais de família, seus
filhos e esposas viraram “carne moída” em minutos. Casas e apartamentos
dos palestinos foram destruídos em Gaza. Mas Israel não é um Estado terrorista!
Nunca foi nem será. Nem mesmo com o seu ex-primeiro-ministro Menachem Begin com
suas milícias Irgun e Haganah. Mas o mundo chorou pelos judeus.
A
família Hassan ainda era nova. O senhor Mohamad Hassan era casado há pouco
tempo com a senhora Khadija Hanine. O casal tinha três lindos filhos pequenos e
morava em Gaza. O filho mais novo era um lindo bebê gordinho de apenas 5 meses.
Os bracinhos dele foram arrancados do corpinho depois que uma bomba israelense
atingiu em cheio o apartamento do casal. “Havia terroristas escondidos ali”,
disseram as autoridades de Israel, o país que não é terrorista. A cabecinha do
filho deles foi arrancada do corpo como se faz num açougue com animais. Os
outros dois filhos também foram despedaçados. Perninhas, braços, mãos, cabeças
e pedaços de corpinhos ensanguentados “adornaram” as paredes que
restaram. Dois dias depois, a dona Hanine morreu num hospital de Gaza vítima dos
ferimentos que sofreu. Operada sem anestesia, não resistiu. O seu mundo ruiu.
Israel,
o “Estado da paz, da empatia e da prosperidade”, já bombardeou vários
hospitais na Faixa de Gaza e atacou depósitos de medicamentos, de alimentos, de
água e de combustíveis. As bombas caem indiscriminadamente sobre os civis
indefesos. Ali não há defesa antiaérea nem tropas. A carnificina, no entanto,
encanta a muita gente fora dali. Cada bomba que arranca a cabeça de uma
criancinha gorda, é lucro para a indústria bélica, principalmente a dos Estados
Unidos, que fomenta aquele horror em pleno século XXI. Enquanto isso, multidões
saem às ruas em várias partes do mundo para apoiar Israel e as suas Forças “de
Defesa”. A punição coletiva contra um povo não é terrorismo. Assassinar
jornalistas e funcionários da ONU também não é. Terrorismo é o que Vladimir
Putin está fazendo na Ucrânia, por exemplo. Terrorismo é o que o Hamas fez com
os “pobres” dos israelenses. “Israel não é terrorista, mas
negocia com grupos terroristas como o Hamas”.
*Foi Professor em Porto
Velho.
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