Bolsonaristas
aperreados!
Professor
Nazareno*
Jair
Bolsonaro é uma dessas desgraças da política que só acontecem no Brasil a cada
30 anos. A primeira foi Getúlio Vargas em 1930. A segunda foi Jânio Quadros no
início da década de 1960. A terceira foi Fernando Collor em 1989 e a última foi
o genocida em 2018. E o país espera que seja mesmo a última das grandes
tragédias que enfeitiçam o tolo eleitor nacional. Infelizmente só teremos essa
certeza lá pelo final da década de 2040. A rigor nenhum desses quatro patetas
fez alguma coisa que impressionasse quem quer que seja. Montados num estranho
apoio popular, ao assumirem a Presidência da República prometendo mudar
radicalmente a política nacional, nenhum deles fez aquilo que prometeu aos seus
“inebriados” eleitores e encantados apoiadores. Pelo contrário, só
trouxeram vergonha, fracassos, decepções e em alguns casos contas a pagar com a
Justiça.
Getúlio
se matou com um tiro no peito. Jânio, mesmo sem largar a política, morreu velho
e gagá. Collor de Melo, apesar de ainda ser senador da República, está para ser
preso, pois já foi condenado pelo STF a oito anos de cadeia e Jair Bolsonaro,
acuado e já esquecido por grande parte de seus devotos e radicais seguidores,
está inelegível por enquanto e caminha célere para a prisão para pagar por seus
maus feitos enquanto era o chefe da nação. Os crimes que Bolsonaro e seus
asseclas cometeram são inúmeros. Pode até não ser condenado por corrupção,
apesar de ter chefiado um governo repleto de roubalheiras. A péssima condução
do país em plena pandemia do coronavírus com a morte de mais de 700 mil
brasileiros não sairá tão cedo dos corações e mentes dos nossos cidadãos. O
insistente negacionismo e a recusa em trazer vacinas depõem contra o “Mito”.
Mas
não foi somente isso de ruindade. Bolsonaro permitiu e até incentivou a
devastação da Amazônia, deixou o garimpo assassino ir às terras indígenas e foi
o maior responsável pelo genocídio dos Yanomamis em Roraima. Pior: durante os
quatro longos anos em que esteve à frente do Brasil, os países desenvolvidos e
civilizados do mundo praticamente romperam suas relações com o nosso país.
Noruega e Alemanha deixaram de contribuir para o Fundo Amazônia e só voltaram a
cooperar depois que Lula foi eleito e assumiu o poder. Bolsonaro e sua turma de
aloprados atentaram várias vezes contra a nossa democracia e só não deu um
golpe por que a conjuntura política internacional não permitiu. Derrotado, o
aprendiz de ditador não reconheceu o resultado das urnas e jogou milhares de
seguidores na frente dos quarteis para pedir uma patética intervenção militar.
Mas
antes disso, o destrambelhado mandatário fugiu desesperado para os Estados
Unidos e provavelmente tramou a invasão de Brasília no dia 8 de janeiro de 2023.
Agora terá que prestar contas com a Justiça. Os terroristas do 8 de janeiro
estão presos e devem pegar pelo menos 30 anos de cadeia. Hoje não se vê mais
nenhum “patriota” na frente dos quarteis. Mauro Cid, ajudante de ordens
de Jair Bolsonaro está no xilindró. Anderson Torres, o ex-ministro da Justiça
do Bozo, também está preso em Brasília, assim como o ex-chefe da Polícia
Rodoviária Federal, Silvinei Vasques. Se algum deles “der com a língua nos
dentes”, as coisas podem se complicar ainda mais para o quarto pateta da
nossa política. Não há a menor dúvida de que ele atentou contra a democracia
nacional e por isso deve pagar um preço alto. Enquanto isso, muitos dos
bolsonaristas estão inquietos. O Brasil e Rondônia já aderem “convictos”
a Lula: ponte em Guajará e BR-364 duplicada.
*Foi Professor em Porto
Velho.
Um comentário:
Só li VERDADES!!! Que orgulho de ter sido sua aluna. Professor Brilhante e escreve como poucos. Obrigada pelo caldo de conhecimento!!
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