O fim precoce de
Rondônia
Professor
Nazareno*
O jovem Estado de Rondônia, graças a
Deus, já dá sinais de que vai levar fim. Até então, nada parecia destruir esta
tosca unidade da Federação. Os maus políticos, as péssimas administrações a que
foi submetida durante anos consecutivos, a destruição da floresta amazônica pelo
fogo todos os anos, o lixo, a enchente histórica do rio Madeira, a eterna
dívida do Beron, a roubalheira sem fim, a poluição dos garimpos. Apesar desses
revezes, Rondônia ainda parecia indestrutível. Só parecia. A pandemia da
Covid-19, no entanto, pode fazer em pouco tempo o que se achava impossível. Sem
a menor infraestrutura na área da Saúde e também em todas as outras áreas, o
ocaso rondoniano se aproxima. No “açougue”
João Paulo Segundo o número de profissionais infectados pelo Coronavírus bate
recordes e a pandemia avança sem controle por todo o Estado.
Hoje mais de dois mil cidadãos foram
infectados no Estado e o número de mortes já chega a quase uma centena, embora
a população seja uma das menores do país. Em Guajará-Mirim, por exemplo, a taxa
de letalidade pela Covid-19 é uma das maiores do mundo chegando a quase 50 por
cento da população infectada. Não há hospitais públicos suficientes (na verdade
nunca houve) para atender à demanda de portadores do Coronavírus e a morte se
anuncia de maneira sinistra e catastrófica entre toda a população. Pior: muitas
pessoas “filhas da terra” continuam
fazendo suas “Coronafest” e
disseminando o vírus numa velocidade assombrosa. Eu me enganei: pensei que
Porto Velho e Rondônia iam se acabar de seboseira, de imundície ou então com
uma grande chuva de merda. Mas será um vírus o responsável pela
derrocada final.
Porto Velho lamentavelmente seguirá
os mesmos passos de Manaus, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e de São Paulo.
Nenhum desses lugares tem governo competente para enfrentar o vírus letal. O
Brasil infelizmente sofrerá um baque grande com altos índices de mortalidade. A
culpa é do vírus, claro, mas a falta de disciplina de uma população ignorante é
um prato cheio para mais e mais infecções. Feiras livres, festas de
aniversários, reuniões e comércios abertos é só o que se observa de norte a sul
do país. Itália, Portugal, Áustria e alguns outros países civilizados da Europa
e da Ásia como o Japão e a Coreia do Sul já estão aos poucos, e com muita
cautela, abrindo as suas economias. Em Rondônia oficialmente tão cedo vão abrir
o comércio. É que ele sempre esteve aberto. Basta ver as ruas Jatuarana e José
Amador dos Reis. E as feiras livres.
O governo do Estado está totalmente
perdido diante dessa pandemia. Reúne para convocar e depois convoca para
reunir. Compra hospital particular. Desiste do negócio. Compra outro hospital.
Manda fazer reforma. Compra remédios sem critérios. E o povo, quase sem
assistência do poder público, continua morrendo feito inseto. Rondônia e sua
podre, fedorenta e imunda capital vão se acabar de uma vez por todas durante
esta mortal pandemia. Sobrarão somente os mais sortudos. E tomara que as futuras
gerações pensem num Estado mais progressista que invista em Educação e Saúde de
qualidade para a sua população. Espero que a capital do Estado seja mais
centralizada e que seja uma cidade com cultura e também mais limpa e
organizada. A currutela fedida vai sucumbir para sempre e perderá o status de
capital. Em Rondônia, depois da pandemia, não haverá mais queimadas ou fumaça.
E o povo tem que ser outro. Pelo menos melhor.
*Foi
Professor em Porto Velho.
4 comentários:
kkk muito bom professor, aqueles que não gostam de ouvir a verdade devem estar se coçando agora.
"Foi professor em Porto Velho." E ainda bem que não é mais. Professor mais inútil que já vi. Péssima metodologia. Vá para a Europa, ser mais escroto. E mal-educado. Grande ironia: um "educador" mal-educado. Você é ridículo, Nazareno!
Ridiculo texto
Nossa que palavras verdadeiras sinto prazer em ler uns comentários tão inteligente. Parabéns ao escritor deste texto. E que Deus tenha misericórdia de todos nós.
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