Qual será o
próximo erro?
Professor
Nazareno*
De um modo
geral, o cidadão brasileiro comum é um perfeito idiota, um tosco. Semianalfabeto
e com pouquíssima escolaridade, não tem conhecimentos de nada. Não tem leitura
de mundo, é pouco informado e desconhece os mais simples conceitos da ciência.
Raros, mas muito raros mesmo, são aqueles que detêm alguma informação capaz de
mudar a sua própria e insossa realidade. Não há grosso modo dentro de nossa
sociedade nenhuma opinião coerente e baseada em princípios aceitos pela opinião
pública mundial. Por isso, nossas autoridades de um modo geral refletem em suas
administrações a estupidez com a qual estão já acostumados. Prefeitos,
vereadores, governadores, deputados, senadores, presidente da República e demais
autoridades do país são apenas o reflexo da triste realidade que vivemos. Somos
o suprassumo do nada.
Na cidade de
Porto Velho, por exemplo, elegemos para prefeito um ex-promotor de justiça
achando que estávamos redescobrindo a roda.
Iludidos pela sua lorota e pelo seu discurso cafona e mentiroso,
embarcamos em mais uma canoa furada. Há mais de dois anos os alunos da zona
rural do município estão sem aulas por conta da falta de transporte escolar. E
pior, não há a menor perspectiva de quando essa desgraça vai acabar. Para quem
durante a campanha eleitoral enganou os trouxas dos eleitores prometendo amar,
abraçar e acariciar a cidade, essa péssima administração é só mais uma rotina
da nossa cruel realidade. Hildon Chaves mentiu também quando disse que
reconheceria um corrupto com apenas cinco minutos de conversa. Seu vice-prefeito
se enrolou em escândalos de corrupção e está até hoje praticamente sem nenhuma
função.
Para governador
do Estado, elegeu-se um sujeito completamente desconhecido só porque o mesmo
era seguidor de Jair Bolsonaro, que fora eleito presidente do país. O
desinformado eleitor de Rondônia também “seguiu
o cardume”. Os rondonienses, sem pensar nas consequências, entregaram de novo
os destinos de Rondônia a um forasteiro.
E o resultado está aí para quem quiser ver. O “açougue” João Paulo Segundo de Porto Velho continua com a sua sina
de matar pobres e desassistidos, embora, por incrível que pareça, haja sinais
de se resolver mais esta desgraça do povo rondoniense. Só sinais mesmo. Com
seis meses de administração, rigorosamente nada foi feito até agora para
melhorar a caótica situação estadual. Novidade, nenhuma. No inverno, a lama é
nossa companheira. No verão, a poeira e a fumaça das queimadas voltarão a nos
atormentar.
Óbvio que com
esta leitura de mundo micro, o eleitor do Brasil só poderia ter escolhido para
presidente do país um estrupício como esse “Mito”.
O Brasil com ele caminha para a Idade Média e a vergonha que passamos é quase
diária. Milícias, caso Queiroz, agrotóxicos, biju de nióbio, tomada de três
pinos, Cristo na goiabeira, armas para o povo, cocaína em avião presidencial. Hildon
Chaves, Coronel Marcos Rocha e Capitão Jair Messias Bolsonaro não são nunca
foram e provavelmente jamais serão grandes políticos ou mesmo homens dos quais
possamos algum dia nos orgulhar. Eles são apenas o triste e melancólico reflexo
do que pensa e vive a maioria dos burros e limitados eleitores brasileiros.
Porém, se não fossem estes “zeróis” de
araque a nos governar, os eleitos teriam sido respectivamente Léo Moraes,
Expedito Júnior e Fernando Haddad. Difícil saber qual a desgraça teria sido
pior para nós, os governados.
*É
Professor em Porto Velho.
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