domingo, 30 de junho de 2019

Qual será o próximo erro?


Qual será o próximo erro?


Professor Nazareno*


De um modo geral, o cidadão brasileiro comum é um perfeito idiota, um tosco. Semianalfabeto e com pouquíssima escolaridade, não tem conhecimentos de nada. Não tem leitura de mundo, é pouco informado e desconhece os mais simples conceitos da ciência. Raros, mas muito raros mesmo, são aqueles que detêm alguma informação capaz de mudar a sua própria e insossa realidade. Não há grosso modo dentro de nossa sociedade nenhuma opinião coerente e baseada em princípios aceitos pela opinião pública mundial. Por isso, nossas autoridades de um modo geral refletem em suas administrações a estupidez com a qual estão já acostumados. Prefeitos, vereadores, governadores, deputados, senadores, presidente da República e demais autoridades do país são apenas o reflexo da triste realidade que vivemos. Somos o suprassumo do nada.
Na cidade de Porto Velho, por exemplo, elegemos para prefeito um ex-promotor de justiça achando que estávamos redescobrindo a roda.  Iludidos pela sua lorota e pelo seu discurso cafona e mentiroso, embarcamos em mais uma canoa furada. Há mais de dois anos os alunos da zona rural do município estão sem aulas por conta da falta de transporte escolar. E pior, não há a menor perspectiva de quando essa desgraça vai acabar. Para quem durante a campanha eleitoral enganou os trouxas dos eleitores prometendo amar, abraçar e acariciar a cidade, essa péssima administração é só mais uma rotina da nossa cruel realidade. Hildon Chaves mentiu também quando disse que reconheceria um corrupto com apenas cinco minutos de conversa. Seu vice-prefeito se enrolou em escândalos de corrupção e está até hoje praticamente sem nenhuma função.
Para governador do Estado, elegeu-se um sujeito completamente desconhecido só porque o mesmo era seguidor de Jair Bolsonaro, que fora eleito presidente do país. O desinformado eleitor de Rondônia também “seguiu o cardume”. Os rondonienses, sem pensar nas consequências, entregaram de novo os destinos de Rondônia a um forasteiro.  E o resultado está aí para quem quiser ver. O “açougue” João Paulo Segundo de Porto Velho continua com a sua sina de matar pobres e desassistidos, embora, por incrível que pareça, haja sinais de se resolver mais esta desgraça do povo rondoniense. Só sinais mesmo. Com seis meses de administração, rigorosamente nada foi feito até agora para melhorar a caótica situação estadual. Novidade, nenhuma. No inverno, a lama é nossa companheira. No verão, a poeira e a fumaça das queimadas voltarão a nos atormentar.
Óbvio que com esta leitura de mundo micro, o eleitor do Brasil só poderia ter escolhido para presidente do país um estrupício como esse “Mito”. O Brasil com ele caminha para a Idade Média e a vergonha que passamos é quase diária. Milícias, caso Queiroz, agrotóxicos, biju de nióbio, tomada de três pinos, Cristo na goiabeira, armas para o povo, cocaína em avião presidencial. Hildon Chaves, Coronel Marcos Rocha e Capitão Jair Messias Bolsonaro não são nunca foram e provavelmente jamais serão grandes políticos ou mesmo homens dos quais possamos algum dia nos orgulhar. Eles são apenas o triste e melancólico reflexo do que pensa e vive a maioria dos burros e limitados eleitores brasileiros. Porém, se não fossem estes “zeróis” de araque a nos governar, os eleitos teriam sido respectivamente Léo Moraes, Expedito Júnior e Fernando Haddad. Difícil saber qual a desgraça teria sido pior para nós, os governados.



*É Professor em Porto Velho.

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