Dr. Hildon,
herói de Rondônia
Professor
Nazareno*
Não votei no Dr.
Hildon Chaves para prefeito de Porto Velho e talvez nunca votasse nele.
Pertence ao PSDB, um partido conservador e reacionário que participou
descaradamente do golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff e os “petralhas”. Além do mais, ele não é
filho de Porto Velho e por isso pode não nutrir nenhum sentimento telúrico por
esta podre, fedorenta e abandonada cidade. E com o passar do tempo tudo isto
ficou comprovado na administração do pernambucano. Viajou para o exterior
várias vezes, buscou o conforto do Primeiro Mundo em vez de descer o rio
Madeira, por exemplo, para visitar Calama, São Carlos, Nazaré ou mesmo os
distritos da BR 364 na Ponta do Abunã. Ele não está sendo um bom prefeito para
a capital de Roraima, é verdade. Mas fez duas coisas que só merecem aplausos de
todos os porto-velhenses.
Recentemente, o
Dr. Hildon Chaves e o governador eleito de Rondônia, o coronel Marcos Rocha,
também outro cidadão nascido fora deste Estado, decidiram heroicamente não
investir dinheiro público nas festas de Carnaval em Porto Velho. Já disse
várias vezes que as “Festas de Momo”
devem continuar existindo normalmente, mas têm que ser bancadas somente com
verbas próprias. O dinheiro público, que sempre andou muito escasso, deve ser
aplicado em saúde, educação, mobilidade urbana e outras atividades importantes
da sociedade. Não é justo que tenhamos ainda um “açougue” como o João Paulo Segundo enquanto dinheiro é investido em
folia mundana e sem sentido. O prefeito e o governador acertaram em cheio. O
problema agora é saber se estas verbas serão mesmo investidas em tudo o que
eles prometeram.
Tem que haver
muita fiscalização, portanto. Os carnavalescos de Porto Velho e de Rondônia,
que ficaram à míngua e sem grana, devem ficar de olho nas futuras ações da
Prefeitura de Porto Velho e do Estado. Eles e toda a população que vota. Mas o
ato heroico do prefeito não se retingiu somente a este fato. Na inauguração do
novo prédio da Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia, ele não compareceu
nem mandou representante. E fez muito bem. O que representa para este Estado
essa Assembleia? Aquilo não é uma casa de leis. Foi durante muito tempo uma
casa de roubar o povo. Escândalos e mais escândalos, que enlamearam o já sujo
nome deste Estado, foi praticamente o que mais se viu ali. Quantos
ex-presidentes daquela casa já foram ou ainda estão presos? Eu jamais iria
àquele lugar participar de qualquer festa. Teria dó.
Mas de cem
milhões de reis foi quanto nós pagamos para se construir aquele “palacete dos demônios”. Um absurdo
levando-se em consideração as mazelas que temos em Rondônia. Um internauta,
senhor Lúcio Soares, escreveu num comentário que fez no site Rondoniaovivo: “a Assembleia
Legislativa de Rondônia é o lugar mais fétido e podre do Estado devido ao seu
vergonhoso histórico de escândalos de corrupção, além é claro da sua
ineficiência e inutilidade. Então vem a pergunta: Pra quê a construção de um
novo prédio? Tudo o que é inútil se joga fora, no lixo. Não tem sentido
construir um espaço caro e luxuoso para uma instituição pública que só tem
envergonhado os rondonienses”. Será que o prefeito de Porto Velho percebeu tudo
isto e resolveu boicotar a inauguração daquilo? Na bisonha festa que teve
quem hasteou a bandeira do nosso município foi o prefeito de Teobroma. Onde fica
mesmo Teobroma?
*É Professor em Porto Velho.
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