Brasil, um país
sem futuro
Professor
Nazareno*
Aos olhos do mundo civilizado, o
Brasil de hoje é um pária internacional. De hoje e de sempre. E a culpa não é
somente do atual presidente Jair Bolsonaro. De um modo geral, nós nunca fomos
levados a sério como nação. Isso apesar de possuirmos a quinta maior área em
quilômetros quadrados e a sexta maior população do mundo com mais de 213
milhões de pessoas. Um ex-presidente francês teria dito que “o Brasil não é um país sério”. Há mais
de meio século que figuramos entre os países de maior PIB do planeta. Somos
hoje um dos maiores produtores de alimentos, temos os maiores rebanhos comercializáveis
e somos os proprietários das maiores extensões de terras agricultáveis do mundo.
Isso sem falar nos mais de sete mil quilômetros de litoral e uma riqueza
incalculável em recursos minerais e vegetais, além de uma vasta biodiversidade.
Apesar de toda esta grandeza, de
toda esta riqueza, de toda esta pujança, o nosso país patina quando o tema é
qualidade de vida de seus habitantes. Com mais de 20 milhões de famintos e
miseráveis, o Brasil envergonha o mundo com as suas “filas do osso”. Muitas pessoas daqui vivem bem pior do que os
habitantes de muitos países da África subsaariana. Osso, pelanca, restos de
animais, pés de galinha, banda de feijão, têm sido a triste dieta forçada de
muitos brasileiros famintos. “Pelos
campos, há fome em grandes plantações”, diz a letra da música Caminhando de
Geraldo Vandré, que por dizer esta verdade vista até hoje, foi preso, torturado
e perseguido pela assassina e cruel Ditadura Militar. E não adianta dizer que
este ou aquele governo tentou acabar com a nossa eterna miséria. Todos eles,
sem exceção, são responsáveis pela tragédia nacional.
O atual governo de Jair Bolsonaro pouco
ou nada fez para enfrentar essa questão da fome e da miséria dos brasileiros.
Assim como os governos de esquerda. Nos poucos anos à frente do país, Lula e os
esquerdistas se preocuparam apenas em “dar
o peixe e não ensinar a pescar”. Os petistas, além de terem roubado como
ninguém, não se preocuparam em mudar o país investindo, por exemplo, em
educação de qualidade. Nunca houve neste lugar um governo de fato comprometido
com as aspirações dos mais pobres. A nossa atual situação de penúria vem se
perpetuando com o passar dos séculos. Entra governo e sai governo e a pobreza,
a miséria e a fome continuam firmes e fortes como se fosse normal uma grande
potência agrícola e grande produtora mundial de commodities ter miseráveis que
mendigam o pão de cada dia. Somos vergonha mundial.
Quando não somos
governados por fascistas, somos governados por ladrões. Como disse um leitor: “em 2018, a boiada desprezível e ignorante
caiu no canto da sereia entoado pela extrema-direita, rica e dominadora, que,
há muito tempo, escraviza a classe trabalhadora do país para enriquecer sempre
mais. Triste ignorância dos adoradores do ‘Mito’. Agora estão vendo que ele foi
apenas um miliciano radical e bandido, escolhido pelos ricos para continuarem no
poder”. O Brasil nunca ganhou um
Prêmio Nobel, nunca ganhou um Oscar, praticamente nunca recebeu uma
condecoração internacional de que possa se orgulhar. Este país só terá futuro
promissor se investir em educação de qualidade para as futuras gerações. Boas
escolas, boas universidades, bons centros de pesquisa. Sem isso, seremos o que
sempre fomos: NADA. E não
adianta quintuplicar a produção de alimentos. Com esta política, sempre haverá
fome e miséria.
*Foi
Professor em Porto Velho.
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